Ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil

Biodiversidade de Santa Catarina: investigando a ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil

Chamada CNPq/MCTI/CONFAP-FAPS/PELD nº 21/2020. Período de vigência: 2020 até atualmente. Coordenador: Selvino Neckel de Oliveira.

A Mata Atlântica abriga umas das maiores biodiversidades do planeta. No entanto, a conciliação entre conservação e uso sustentável de seus
recursos passa por desafios distintos devido a suas características biogeográficas e da ecologia histórica. O Parque Nacional de São Joaquim (PSNJ) é uma unidade de conservação de proteção integral cujos aspectos geomorfológicos, biológicos e da ecologia histórica são representativos do Planalto Sul-brasileiro. Aqui há alternância entre Campos de Altitude e Florestas com Araucárias e a Floresta Pluvial Subtropical no fundo dos vales. Suas áreas de floresta com araucárias, florestas nebulares e campos de altitude têm sido perturbadas há décadas pelo uso intensivo do solo, principalmente pelo pastejo do gado. Estudos sistemáticos para conhecer a biodiversidade do PNSJ iniciaram em 2013 com a implementação do Programa de Pesquisas em Biodiversidade de Santa Catarina e de parcelas permanentes  em áreas acima de 1000 de altitude. Em 2018 os estudos foram ampliados para a área de sobreposição do PNSJ com o Parque Estadual da Serra Furada (PAESF), onde predomina a Floresta Ombrófila Densa.

O objetivo principal dessa proposta consiste em entender como as mudanças no uso da terra, fatores relacionados às mudanças ambientais e invasão por espécies exóticas influenciam a estrutura dos ecossistemas e seus serviços ecossistêmicos ao longo de gradientes ambientais e altitudinais em duas UCs do Estado de Santa Catarina: o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Estadual da Serra Furada. A quantificação e monitoramento em longo prazo dos indicadores dessas mudanças tanto em áreas impactadas como em áreas protegidas contribuem para entendimento dos efeitos de diferentes tipos de manejo sobre a dinâmica e a manutenção da diversidade e para identificar e promover formas de manejo sustentáveis em longo prazo dos ecossistemas destas UCs.