MBZ: Wrightoporia auraucariae
Mais informações, acesse: Wrightoporia araucariae Conservation Case Study | The Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund (MBZ project number 222530589)
Este projeto tem como objetivo coletar informações importantes sobre a espécie de fungo (Wrightoporia araucariae) encontrada em troncos mortos da árvore Araucaria angustifolia no sul do Brasil. O projeto busca entender melhor onde essa espécie de fungo vive e como é distribuída, além de estudar sua genética e como identificá-la molecularmente. Para isso, serão feitas expedições de campo para coletar amostras do fungo e cultivá-las em laboratório. As informações coletadas serão divulgadas em revistas científicas, apresentações em conferências, redes sociais e sites institucionais. Além disso, partes do fungo serão preservadas para conservação a longo prazo. O projeto visa tanto a conservação da espécie quanto a geração de conhecimento para ajudar em futuros estudos e pesquisas.
É importante destacar que o fungo Wrightoporia araucariae foi coletado em duas áreas protegidas do sul do Brasil, a Floresta Nacional de São Francisco de Paula e o Parque Nacional de São Joaquim, em troncos mortos de Araucaria angustifolia, uma árvore nativa que é encontrada em uma ampla área geográfica, que se estende desde o nordeste da Argentina, Paraguai e sul e sudeste do Brasil. É importante ressaltar que esta espécie de conífera é de grande importância para as florestas, porém sofreu exploração insustentável e uma redução em sua área de distribuição para uso agrícola ou florestal.
Wrightoporia araucariae é considerado “Criticamente Ameaçado” e que apenas cinco espécimes coletados em florestas de araucária no sul do Brasil são conhecidos. Além disso, a espécie de conífera com a qual o fungo está associado, a Araucaria angustifolia, também é considerada em estado “Criticamente Ameaçado” pela IUCN, devido à exploração insustentável e à redução de sua área de distribuição. As áreas remanescentes de Araucaria angustifolia estão em condições degradadas e fragmentadas, muitas delas fora de unidades de conservação. Portanto, é crucial a conservação de ambas as espécies e seu habitat associado para evitar sua extinção e preservar a biodiversidade da região.